quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Está no tempo dela





Apanha da azeitona em Garvão processada por varejo manual.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

estorias de Novembro


Fico à conversa com o G. Ele tem 10 anos. Ao contrário do irmão mais velho não gosta de acompanhar o pai na tarefa de varejar. Há algum tempo que está a divertir-se sozinho trepando a Oliveira como se fosse o seu castelo. Fica tímido quando pego na minha câmara mas aos poucos vai ficando descontraído e conta-me que não gosta da escola. Só gosta de Educação Física. Faz queixas da professora de Matemática e diz-me que no outro dia a turma ficou de castigo porque não fizeram os trabalhos de casa. Enquanto vai falando não pára quieto. O G. já não está envergonhado. Só desce do seu castelo (árvore) para dirigir-se ao tractor que foi recolher as sacas com a azeitona, onde se deita a contemplar o céu.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

I.

Ela calçou os sapatos vermelhos de verniz. Segurou firmemente a maçaneta da velha porta de madeira e rodou-a. Joana olhou novamente para o interior da sua casa, observou o quadro pendurado no vestíbulo com a imagem desconhecida, sabia que estava agora preparada para sair.
Ao rodar a maçaneta, Joana sentiu o seu coração palpitar, sorriu e pensou: tanto tempo passara ali na sua casa antiga, reinando o seu mundo. A porta fechou-se levemente, o movimento da velha madeira, foi tão silencioso, tão sereno como o momento que Joana estava agora a viver. O som dos sapatos vermelhos de verniz sobre a pedra amarela ao longo do jardim assustaram alguns pássaros que se encontravam no abrunheiro agora com as suas flores brancas. Os seus passos firmes e decididos iam em direcção a um novo mundo.
Ela caminhava agora pela estrada afastando se cada vez mais da sua casa.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A minha Casa, o meu Bairro!


Há algum tempo que me dizem: “já devias ter saido da casa do teu pai” e eu penso: “eu sou tão feliz lá em casa, porque hei-de querer sair?”.
Eu faço parte daquela geração “Canguru” e agora aos 32 anos preparo me para abandonar o meu ninho. O grande passo segundo ouvi dizer.
Eu sempre achei que as pessoas saem de casa dos pais por duas razões: casamento ou falta de conforto. Ainda não casei e sempre me senti confortável em casa.
Agora que me preparo para sair penso em todas as memórias contruídas que vou deixar...vou ter saudades dos meus vizinhos me perguntarem todo o tipo de coisas habituais para quem nos viu crescer, do bom dia da DªGraça, da senhora antipática da farmácia, do sorriso do senhor Hernesto, das conversas no supermercado, das praças e dos largos, da vista da minha sala e da minha casa!
Talvez um dia quando for reformada, compre uma CASA aqui no BAIRRO e volte como qualquer emigrante.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

(Re) Iniciar



Vou (re) iniciar o tricot!
Estou ansiosa por fazer o meu primeiro cachecol.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Será que o céu existe?

Há muito que deixei de acreditar nas estórias que ouvia nas aulas de catequese.
Há muito que o paraíso e o inferno são apenas imagens (fascinantes) de quadros que observo.
Hoje, acredito que há um lugar muito especial onde tu estás. Pessoas como tu não desaparecem simplesmente!
Imagino esse lugar muitas vezes, para acreditar que um dia vamos voltar a estar juntas.