quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A minha Casa, o meu Bairro!


Há algum tempo que me dizem: “já devias ter saido da casa do teu pai” e eu penso: “eu sou tão feliz lá em casa, porque hei-de querer sair?”.
Eu faço parte daquela geração “Canguru” e agora aos 32 anos preparo me para abandonar o meu ninho. O grande passo segundo ouvi dizer.
Eu sempre achei que as pessoas saem de casa dos pais por duas razões: casamento ou falta de conforto. Ainda não casei e sempre me senti confortável em casa.
Agora que me preparo para sair penso em todas as memórias contruídas que vou deixar...vou ter saudades dos meus vizinhos me perguntarem todo o tipo de coisas habituais para quem nos viu crescer, do bom dia da DªGraça, da senhora antipática da farmácia, do sorriso do senhor Hernesto, das conversas no supermercado, das praças e dos largos, da vista da minha sala e da minha casa!
Talvez um dia quando for reformada, compre uma CASA aqui no BAIRRO e volte como qualquer emigrante.

1 comentário:

  1. A tua casa... a nossa casa...
    Amei a forma como caracterizas-te uma das maiores e melhores referências para o crescimento de qualquer ser: o lar, o teto visualiza em silêncio as alegrias, as tristezas, as desiluções, as esperanças, o pensamento, a preparação do futuro.
    A tua casa... a minha casa... sempre permitiu sermos deuses da vida, onde podemos contar estórias de princesas e principes com um castelo verdadeiro como cenário, onde o pai natal podia aterrar em segurança no telhado do teu e nosso prédio, onde pelas escadas desciamos pendurados pelo varão como se ao fundo de uma gruta estivessemos a descer.
    A tua casa... a minha casa... tenho esperança. Tenho esperança que o futuro te permita, me permita, não comprar mas sim disfrutar das imensas sensações e emoções que juntos ou sozinhos podemos ter... tenho esperança porque quero e como diz alguém "O desejo permite avaliar o obstáculo; a força de vontade permite ultrapassá-lo!"
    Adoro-te, tu que vais sair da tua casa, da minha casa...

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